Manchete na mídia eletrônica: “Ex-secretários da Paraíba vão devolver R$ 263,1 milhão”. Quase que acredito! Tivesse o fato ocorrido em um país europeu, asiático, árabe, até africano, dava para acreditar. Como foi no Brasil, na Paraíba, duvido que algum dos envolvidos venha ressarcir o FNDE – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – de um tostão. Vai ficar “o dito pelo não dito”.
O problema é que estamos cansados de ver, ouvir e ler matérias similares onde “figurões” da política brasileira “pintam e bordam” com o nosso dinheiro e continuam “livres, leves e soltos” procurando mais. Dizer que os ex-secretários vão devolver dinheiro ao FNDE, faço como São Tome: “só acredito, vendo!”.
Segundo a mídia entre 1994 e 1998 os citados na matéria, Sebastião Vieira, Iveraldo da Costa e Carlos de Carvalho, deixaram de prestar contas de nada mais, nada menos, que R$ 263,1 milhão, cabendo R$ 43,4 milhão ao primeiro, R$ 116,7 milhão ao segundo e R$ 103 milhões ao terceiro. Esse valor total foi repassado ao Estado pelo FNDE e, segundo a CGU não foi utilizado, nem devolvido, segundo a nota.
Se, na verdade, esses citados ex-secretários ficaram com toda essa grana, com certeza são, hoje, milionários paraibanos. De 1994 a 1998, foram quatro anos e, corrigidos esses valores, depois de 13 anos, deve dar uma excelente devolução. Isso, imagine, fosse em outro País. No Brasil duvido que venha acontecer. Será mais um golpe no Tesouro Nacional.
Quando se acessa um portal de notícias na Internet e se depara como uma manchete dessa natureza, a gente pensa que o País está mudando. A ameaça que se faz parece verdade. Dá até para se imaginar pessoas desembolsando o que lhe é cobrado, mesmo porque hoje, com certeza, nenhum deles terá condição de devolver vultosa quantia. Logo, para tristeza nossa e alegria do conjunto, “nada feito”.
Para não perder a mania de acessar portais de notícias, vou fingir que acredito. Vou continuar lendo, ouvindo e vendo as notícias e achando que o nosso País está se modernizando, se organizando, e acabando com a “malandragem no dinheiro público”. Continuo adepto de São Tome: “só acredito, vendo!”.
(P/P Adamastor Chaves / blog- zonafrancaparaiba.blogspot.com)
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