SOSSEGO JUNIOR`S PERDE EM PICUÍ PARA
O CUITÉ E.C. E FICA FORA DA FINAL:2 X 0
O Sossego Junior`s acordou
de um sonho acalentado desde a confirmação como integrante da 5ª Copa Regional
de Futebol Amador Seridó-Curimataú 2105, representando o Município de Sossego.
O sonho caminhava para a sua realização, mesmo porque estava invicto até a fase
semifinal e, eis que, teve pela frente o Cuité Esporte Clube, seu “freguês” na fase classificatória. O otimismo era
grande, mesmo com os desfalques para o jogo decisivo. Bola rolando no estádio Amauri
Sales, ontem (19), foi sufoco nos primeiros 15 minutos, mas a tranquilidade
voltou as reinar nas hostes sosseguenses e o restante da etapa inicial foi
domínio total e nada menos que quatro grandes oportunidades foram desperdiçadas,
que poderiam ter sido decisivas proporcionando tranquilidade para a etapa
final.
Virou! No segundo tempo parece,
até, que os jogadores do Sossego Junior`s desaprenderam a jogar futebol e se entregaram
totalmente ao Cuité que passou de dominado à dominador. Erros, jogadas infantis,
desatenções foram tônicas do SJ diante do time de Cuité, atento, forte,
decidido e aproveitando os erros do adversário. E foi nesse domínio,
principalmente em cima dos erros dos sosseguenses, que Cuité chegou a vitória
por 2 a 0, e não foi mais elástica graças as importantes defesas do goleiro
Renilson em duas ou três oportunidades. O sonho acabou. “Sonho” era a frase
constante do presidente e técnico Gilmar Santos quando se referia sua equipe na
5ª Copa Regional.
“Vou parar as atividades
por 30 dias e depois pensar se volto”, palavras de Gilmar Santos após a partida
numa alusão ao seu esforço para ver o sonho realizado. Pelas palavras do
presidente a equipe do Sossego Junior`s está com o futuro incerto, e tudo pode
depender da maneira como reagem os atletas e admiradores no convencimento ao
dirigente em continuar prestando relevantes serviços ao futebol sosseguense. “Futebol
é assim mesmo. Nem sempre ganha o melhor”, disse o narrador Manoel Tavares.
O time jogou, e o sonho
acabou, com Renilson., Fabinho (Diego), Diassis, Luan e Ricardo (Junior Gomes).,
Vitor Hugo, Ozéas, Pablo (Marcelo) e Netinho., Sales e Johnine (Wel).Técnico:
Marcão.
COMENTÁRIO
Olhar para o presidente, técnico,
diretor Gilmar Santos, não só com vistas a partida deste sábado contra o Cuité,
mas em todo o transcorrer da competição, via-se um semblante de otimismo, credibilidade,
confiança nos seus comandados, como também a ansiedade da participação de uma competição
onde o seu clube representava uma cidade. E ele dizia sempre: “Meu sonho é chegar
a final e lutar pelo título”. Isso já bastava para se ter uma ideia quanto esse
sonho era importante para Gilmar Santos.
Passadas as fases
classificatórias, na raça e técnica o time foi superando seus adversários, até
mais difíceis do que o da semifinal, aumentando ainda mais a ansiedade do “coringa”
presidente do Sossego Junior`s. Por ironia do destino, e um relatório da
arbitragem imputando-lhe responsabilidades por agressões verbais, e uma grande “gafe”,
porque não dizer “falha, erro, desconhecimento” da Comissão Disciplinar, o
técnico Gilmar Santo foi punido com seis (6) partidas quando, na verdade, a Lei
maior, o CBDF, diz que punição por jogos cabe apenas à atletas. Dirigentes são
punidos com dias.
Mas vamos deixar pra lá,
mesmo porque “O sonho acabou”. O sorriso de Gilmar após a partida era o retrato
falado da decepção. Decepção, não pelo fato de ter perdido, e sim pela maneira
como perdeu. “Parece já virou uma marca. Somos tri em derrotas nas semifinais”,
lamentava, porém, achando que a sorte bafejou para os seus atletas, bem como rasgando
elogios ao árbitro central e seus auxiliares, numa prova patente de que sabe
elogiar quando não há falha no apito. Ouvindo atentamente todos os argumentos,
de dirigentes e atletas, ninguém ousou dizer que teve azar. Faltou pontaria,
capricho no arremate final, mas isso faz parte do futebol. Sossego Junior`s
saiu da competição de cabeça erguida, invicto até a semifinal. Embora fora da
final.
Eu, por exemplo, que fiz o
jogo com o narrador Manoel Tavares para a Rádio Sossego FM, não entendi a mudança
repentina de comportamento da equipe sosseguense. Mudança tática, técnica,
física e emocional. Para o representante de Sossego três estágios foram notados
durante os 80 minutos de partida. Foram 15 minutos iniciais de domínio do
Cuité, porém sem chutar à gol, e 25 minutos de ação contínua do Sossego
Junior´s ao ponto de desperdiçar quatro oportunidade que poderiam “matar o jogo”,
como se diz na gíria do futebol. Aquela máxima, também do futebol, “quem não
faz, leva”, caiu bem para o SJ na etapa final.
As chances perdidas pelo
Sossego Junior`s se transformaram em força para o Cuitpé que voltou para o
segundo tempo com mais disposição, melhor esquematizado taticamente e preparo
físico, suplantando toda e qualquer iniciativa sosseguense. E foram surgindo as
chances, e mais chances, até chegar ao primeiro gol e, consequentemente, levar
ao desespero os comandados de Marcão, substituto de Gilmar Santos no comando
técnico da equipe. Perdeu-se completamente em campo, passou de dominador à
dominado, oferecendo todas as oportunidade para aumentar o marcador, não fosse
várias seguras intervenções do goleiro Renilson.
Mas o “sonho acabou”. Não
deu. É esquecer, se puder, arrumar a equipe para a próxima e dar continuidade
ao trabalho que se faz, principalmente o do presidente e técnico Gilmar Santos
que, inegavelmente, foi o grande artífice da formação da equipe, sua
continuidade até o desfecho da eliminação. Como futebol tem dessas coisas, nem
sempre ganha o melhor, como bem disse Manoel Tavares, narrador da Sossego FM, é
pensar, renovar as esperanças e “bola pra frente”. Essa frase “vou parar,
pensar e talvez deixe tudo pra lá” foi dita de momento. Não pode ser
verdadeira, única. Foi apenas emocional. Gilmar Santos, pela dedicação, apreço
que tem ao futebol e respeito aos desportistas, é um patrimônio do futebol
sosseguense. E ponto final.
(Matéria & Fotos P/P
Adamastor Chaves)
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